segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

A GALINHA DOS OVOS DE OURO


"A GALINHA DOS OVOS DE OURO" é uma Fábula de Jean de La Fontaine (1621-1695).
O autor coloca os animais a representar e atribui-lhes sentimentos e atitudes humanas. Em cada Fábula há uma lição de moral, levando-nos a reflectir sobre os nossos defeitos. La Fontaine dizia a si mesmo: " Uso os animais para instruir os homens".
Esta Fábula é uma "história de sempre" reescrita e adaptada por escritores portugueses.

NARRAÇÃO
Era uma vez uma galinha muito especial. À primeira vista parecia uma galinha igualzinha às outras. Comia milho como as outras galinhas, cacarejava como as outras galinhas, punha ovos como todas as outras... Ora, era mesmo por isso que a galinha desta história era muito especial. Ela punha ovos de ouro.
Quando o dono descobriu, ficou muito contente pois logo pensou que os seus problemas iam terminar.
- Estou rico! Estou rico! Já não vou precisar mais de trabalhar!
A partir daí, todas as manhãs, bem cedinho, lá estava ele à espera que a galinha pusesse mais um ovo, um ovo de ouro brilhante e reluzente.
- Vá lá, galinha! Põe o ovo. Quero guardá-lo ao lado dos outros todos que já juntei.
- Cacaracacá! - Cantava a galinha, muito serena sem perceber a pressa do seu dono. - Se calhar o homem tem fome, coitado!
E lá punha mais um ovo de ouro sem saber que aquilo valia muito, mas mesmo muito dinheiro.
"Eh...eh...eh", ria o lavrador, todo contente por aumentar o seu tesouro.
Mas o homem começou a cansar-se de ter de esperar sempre pelo dia seguinte para ter mais um ovo.
- Só um ovo por dia?! Assim nunca mais fico rico.
A sua paciência esgotou-se e teve vontade de ficar rico mais depressa.
Acreditava que dentro da galinha havia um tesouro, que a sua barriga estava cheia de ovos valiosos. -" Vou matar a galinha. Vou abri-la e ficarei rico para sempre. Já estou farto de esperar".
E a pobre galinha sem saber de nada.
Mal o pensou, logo o fez, mas também logo se arrependeu, pois, assim que viu a galinha por dentro, percebeu que ela era igual a todas as outras galinhas da sua capoeira e que não havia tesouro. Agora, a única coisa que podia fazer com ela era uma rica canja para matar a fome.
Quem tudo quer, tudo perde.
Há pessoas que ficam pobres por causa da ambição, por quererem enriquecer depressa de mais.

2 comentários:

Luís Pontes disse...

Não é realmente de La Fontaine, que a reescreveu em verso, mas de Esopo. O seu a seu dono!

luispontes disse...

tem toda a razão La Fontaine só a reescreveu em verso nada mais quem a inventou foi Esopo.Os dois foram ótimos escritores.